Na vida cotidiana, passamos por experiências estressantes que podem representar uma ameaça ao funcionamento do organismo como por exemplo situações traumáticas, lutos, perda de emprego, falência e separações.
Períodos crônicos de estresse psicológico podem ser prejudiciais à saúde, aumentando a inflamação e promovendo a progressão de doenças, incluindo o câncer e a depressão. Estudos clínicos têm relacionado a experiência de eventos estressantes à baixa sobrevida ao câncer. Isso é corroborado por estudos pré-clínicos que mostram que o estresse crônico promove a progressão do câncer. Esses estudos descobriram que o estresse recruta células inflamatórias para tumores e aumenta a formação de vasos sanguíneos que podem fornecer rotas para a disseminação de células tumorais.
Fatores psicossociais relacionados ao estresse têm sido associados ao aumento da mortalidade relacionada ao câncer.
Pacientes com depressão não tratada geralmente tem hábitos de vida pouco saudáveis como alimentação desregrada, sedentarismo, baixa adesão aos tratamentos e exames de rotina o que pode aumentar o risco do desenvolvimento de diabetes, hipertensão, obesidade e câncer.
Assim, hoje estamos cada vez mais próximos da demonstração científica de que o sofrimento psíquico pode alterar funções fisiológicas como nossa resposta imunológica até porque a depressão também apresenta uma desregulação neuroimunológica em sua fisiopatologia.
Resumindo, a depressão não causa câncer de mama de forma direta, mas pacientes sob estresse psicológico ou quadros psiquiátricos possuem alterações inflamatórias que poderiam aumentar a progressão do câncer já instalado.
De qualquer forma, as últimas descobertas na medicina mostram que inflamação, ou mesmo alterações no sistema imunológico como respostas inflamatórias disfuncionais, seriam a base do adoecimento tanto físico como mental manifestados através das doenças e transtornos que fazem parte do escopo médico.
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